RECANTOS E REFÚGIOS
Adentrando, ainda
mais, no imenso Território da Alma, descobrimos paisagens repousantes e
reconfortantes;
Inesperadamente,
surge uma clareira numinosa, guardando um nicho de rosas brancas e vermelhas: a
alma dilata-se para poder aprender com o Mistério;
Adiante, campinas
verdejantes e aveludadas, trigais dourados, rebrilhando ao sol: a Alma transcende
e transfigura-se, assenhoreando de seu próprio Território;
Numa parte do
caminho, imensos lírios-do-vale e perfumadas gardênia nos renovam, com suas
cores intensas e seu suave perfume: a Alma transita, serena, longe das ilusões
e dos medos egóicos, que tanto a aprisionavam;
Ainda
caminhando,aparecem, repentinamente, campos de girassóis amarelados, enormes,
saudando o viajante, pelo triunfo da chegada: A alma regozija-se em si mesma,
reconhecendo, com plenitude, todas as suas Faces;
Mais a frente,
frondosos carvalhos e pinheiros cumprimentam o viajante, erguendo seus braços,
ao sol e ao céu:a Alma agradece o reencontro consigo mesma, compreendendo que
precisa ser fiel a si mesma, e que, agindo,
dentro do Mistério, pode ultrapassar todas as leis do Ego;
Imensos vales
afogueados vicejam, no Horizonte, as pequenas flores do campo, alegremente
coloridas, festejando a chegada e a perseverança do viajante: a Alma se
revigora, ainda mais disposta a esvaziar-se, para conter o Mistério;
Nos arbustos de
hibiscos alaranjados e avermelhados, os colibris dançam sua alegre coreografia:
a Alma transcende, vendo, mais claramente, a amplidão de seu Território;
Seguindo,
encontramos um rio cristalinamente límpido, de águas mansas, seu som calmo
parecendo música para homenagear aqueles que não desistiram da jornada:a Alma
apazigua-se, serena, reconhecendo que a Fonte está dentro dela, basta mergulhar
e saciar-se de Paz...
E, assim, vamos
caminhando ao Infinito de nós mesmos, guiados pela Sutileza e Suavidade do
Mistério, que deseja, libertando-nos de nossas ilusões, deslumbrar-nos com a
nossa própria Transcendência...
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