O RESGATE DA SIMPLICIDADE ORIGINAL

 



O resgate da simplicidade original consiste em romper com a rotina, criando novos ritos,no cotidiano. E novos ritos implicam, também, em novas maneiras de ser e fazer as coisas, desde cozinhar até caminhar ao sol. Implica, necessariamente, em adquirir um olhar de gratidão sobre todas as coisas.

Novos ritos ajudam a fixar novas percepções e perspectivas, extirpando o que está estagnado em nós e abrindo espaço para coisas e formas novas de viver.

A rotina e o cotidiano devem ser sempre um espaço vazio a ser preenchido e permeado por nossa Energia espiritual e emocional, através das nossas capacidades, possibilidades e potencialidades.

Quando nos acostumamos ao comum,  nossa visão interior se ensombrece e se estreita, por isso, ritualizar ou criar novos ritos na rotina, abre novas e amplas perspectivas, pois isso move nossa Energia espiritual e emocional, varrendo crenças antigas e já obsoletas, trazendo um olhar novo e  mais profundo sobre nossas situações e estados emocionais.

Nossos objetos perdem o significado com a rotina; é preciso ressignificá-los, reciclando-os, renovando-os, ou em último caso, doando-os.Objetos usados sem renovação tornam-se catalisadores de uma nódoa permeada de desgaste e estagnação. .Nesse sentido, o artesanato consegue manipular a Energia pessoal, renovando o objeto e dando nova utilidade e significado ao mesmo.

É preciso entender que a inércia e a estagnação são brumas espessas, que se nutrem de negatividade, por isso, a renovação é importante ao lidarmos com a rotina.

No momento em que renovamos, reciclamos ou doamos nossos objetos rotineiros, estamos trocando essas energias densas e negativas por novas energias positivas e edificantes. Importa dizer que essa renovação não precisa e nem deve ser permeada de ansiedade, mas deve ser uma percepção consciente e calma da necessidade de renovação, pois essa renovação material deve instigar, também, a renovação interior.

 

A Energia da Natureza é básica, primitiva, sem artifícios. As árvores , além de fornecerem sombra e filtrarem o ar que respiramos, devolvendo oxigênio, oferecem a beleza de seus galhos, folhas e flores, com suas exuberantes formas e cores. Ao natural ou  secas  são energia divina desejando voltar ao seu estado primordial de Energia.

Caminhar nas praças e parques nas imediações mais próximas, onde vivemos,  nos devolve essa conexão original com o Divino Original; pra quem tem a intuição aberta e alerta,  as oportunidades de criar algo novo e original, com o que já existe ou se extinguiu, são inúmeras.

Com o antigo e usado que temos em casa mais a generosidade da natureza podemos criar vários adornos pra reenergizar nossas casas, manipulando essa energia primordial.

Até mesmo o ato de sair e começar a coletar nos pede uma pausa, um novo olhar sobre o que vemos, e isso nos mantém mais atentos á nossa Energia primordial. Além disso, nos coloca, em disponibilidade, para o outro, que encontramos no caminho. Um outro que pode nos pedir um momento de gentileza, de atenção, de escuta, de generosidade.E o caminhar vai nos colocando em contato com muitos outros que podem estar necessitados de um pouco de nosso tempo, carinho e atenção.

Objetos usados, em casa, mais os frutos generosos da Natureza nos oferecem novos adornos, feitos com toda a nossa Energia, sem interferências externas, por isso, mais pura.

Tudo se renova, com a Generosidade da Natureza.

A caminhada da coleta nos pede um esvaziamento interior, um olhar mais pausado e profundo para o simples que encontramos, no caminho. No próprio percurso, as idéias afloram, florescem, dando novo alento ao que era antigo.

O retorno à nossa casa nos permite um novo olhar sobre o trivial usado, oferecendo-nos inúmeras possibilidades de criação e beleza, pois até mesmo o trivial usado no cotidiano tem sua energia primordial, principalmente, quando genuína e devidamente sacralizada.

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